Concluído o levantamento topo-hidrográfico na Guiné Bissau
Uma equipa da Brigada Hidrográfica (BH) do Instituto Hidrográfico concluiu os trabalhos de campo na Guiné Bissau, numa campanha que decorreu durante o mês de outubro de 2017.
Estes trabalhos que se enquadram na Iniciativa Mar Aberto, tiveram como objetivos a verificação da evolução batimétrica do fundo, e também a recolha de dados para atualização cartográfica do Porto de Bissau, contribuindo assim, de uma forma significativa, para a segurança da navegação naquela região.
A primeira parte deste trabalho contou com diversas tarefas:
Coordenação de 13 pontos para apoio à cartografia náutica;
Montagem de um marégrafo para apoio ao levantamento hidrográfico, e para determinação das constantes harmónicas que permitirão previsões de marés mais precisas (para esta segunda função o marégrafo terá de permanecer em Bissau por um período superior a 6 meses);
Montagem de uma estação de referência para envio de correções GNSS para a embarcação de sondagem;
Realização de um nivelamento geométrico com mais de 2500 metros, desde a marca de nivelamento colocada no pedestal a Diogo Gomes, passando pela marca de nivelamento onde foi instalado o marégrafo e continuando até à Igreja Sé de Bissau, onde foi colocada uma nova marca de nivelamento;
Levantamento topográfico de todas as estruturas portuárias do Porto de Bissau, e ainda, dos Cais de Pesca e da DICOL que se encontram na parte sudoeste de Bissau.
Concluídos os trabalhos em terra, procedeu-se à sondagem da bacia do Porto de Bissau, tendo-se conseguido em 10 dias, com quase 90 horas de navegação, efetuar um total de 424 fiadas, e cobrir uma área de cerca de 12 km2.
Já perto do final dos trabalhos, foi feita uma apresentação sobre os mesmos no Centro Cultural Português (CCP), localizado junto à Embaixada de Portugal em Bissau, que contou com a presença de representantes das diversas entidades locais que apoiaram este levantamento topo-hidrográfico, tais como a Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), a Marinha da Guiné-Bissau e o Instituto Marítimo-Portuário (IMP). Apoio este que incluiu a disponibilização de dois elementos, os Comandantes Alberto Tipote (APGB) e Nando Mboto (Marinha), que acompanharam diariamente e com muito interesse os trabalhos de campo.